— Por quê?
— Porque é assim que se deve se
comportar.
— E se todo mundo estiver pegando
mais?
— E se sobrar?
— Não importa.
— Quem inventou isso?
— Que diferença faz?
— Nenhuma... Só queria saber.
— Não sei. Acho que sempre foi assim.
— E você concorda?
— Sim! Quando eu tinha a sua idade,
pegava um e pronto. Não morri por causa disso.
— Mas eu quero!
— Não interessa.
— Você nunca quis? Nem um pouquinho?
— Chega desse assunto.
Depois dos parabéns, a criançada
correu em busca dos brigadeiros. O menino escolheu o mais privilegiado por
granulados e retirou-se. No entanto, alguma coisa aconteceu, pois ele retornou
e começou a engolir os docinhos sem pudor. O garoto foi, então, agarrado pelas
orelhas. A mãe o levou para um canto e iniciou o sermão:
— O que foi que eu te falei?
— Desculpe...
— Por que você fez isso?
— Porque eu pensei no meu filho.
— O quê!?
— Eu não queria que ele passasse pelo
o que passamos. Eu precisava quebrar a maldição da nossa família!
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