quinta-feira, 16 de março de 2017

Como Vencer o Minotauro

Minotauro do desenho animado "Hora de Aventura"

     O labirinto ocupava uma área de dois quilômetros quadrados. Muitos haviam tentado, mas ninguém nunca conseguira. O modelo clássico era mais simples. Bastava desenrolar um novelo de lã, matar o Minotauro com uma espada mágica e retornar pela trilha criada através do fio. No labirinto atual, em pleno século XXI, a situação era bem diferente. Após vagar pelas inúmeras paredes estreitas e encontrar o ser exótico (meio homem da cintura para baixo e meio touro no restante) era preciso vencê-lo em uma competição de Stand - Up.

            
      Cada competidor tinha direito a 3 apresentações de 1 minuto. Quem vencesse 2 rounds (era sempre o Minotauro) puxava a corda da vitória. Em seguida um grande alçapão se abriria debaixo dos pés do perdedor (sempre o humano) que cairia em um fosso com imensas labaredas de fogo. O resultado era determinado por três juízes imparciais: Ninfa, Narcíseo e Hades.
            
    A Ninfa era uma mulher enorme e graciosa. A sua atitude promíscua enganava muitos competidores, pois ela odiava piadas de cunho machista. Os desavisados que estereotipavam as mulheres avistavam um grande "zero" erguido pela Ninfa na respectiva rodada.     
            
         Narcíseo era um rapaz bonito e vaidoso. Ele apreciava uma narrativa que o fizesse identificar-se com o personagem. Por isso, piadas onde o protagonista fosse ridicularizado não o agradavam. Ele preferia um narrador confiante e, até mesmo, esnobe. Esse último garantia um placar próximo ao perfeito 10.
            
      Hades, o deus dos mortos, era um verdadeiro mistério. Ninguém sabia muito bem do que ele gostava. Até o encantador Minotauro era incapaz de arrancar uma grande gargalhada ou uma pontuação maior do que 5 desse jurado. Aumentar o reino era a única explicação para Hades participar desse tipo de entretenimento mundano.
            
       Todas essas informações e diversas outras dicas podiam ser encontradas facilmente na Internet. Inclusive, havia inúmeros vídeos que analisavam metodicamente todas as batalhas anteriores. Chegava a ser irônico tantos tutoriais encontrados na rede intitulados "como vencer o Minotauro", sendo que ninguém havia chegado perto de derrotá-lo. O campeão bifásico apresentava uma incrível média de 21 pontos em cada rodada e o humano mais bem pontuado não chegava a 15. 
    
      A criação da competição estava relacionada a uma questão política. A cidade de Atenas havia perdido a guerra para a cidade de Cnossos e, como consequência, fora obrigada a cumprir as exigências determinadas pelo Conselho de Genebrius. Uma das imposições foi o envio de um militar por semana para o labirinto, até o dia em que alguém vencesse o famoso comediante de Cnossos: o Minotauro.
           
       A origem do Minotauro era mais complexa. Fruto de uma paixão proibida entre a esposa de Minos (prefeito de Cnossos) e o touro de Poisedon (ninguém ousava entender como isso havia acontecido) o bebê filhote acabou sendo negligenciado; tanto pela mãe quanto pelo padrasto. O isolamento fez com que o Minotauro estudasse por muitos anos todo tipo de cultura inútil e humor cotidiano. O seu intuito era ser, um dia, aceito pela sociedade que o abominava. Após um tempo, as suas piadas começaram a fazer sucesso nas tavernas de sua cidade e Minos temeu que o enteado complicasse a sua reeleição; afinal os eleitores começaram a caçoar da infidelidade de sua esposa. Por isso, o governante de Cnossos decidiu construir o labirinto e esconder o Minotauro em seu interior, onde poderia contar piadas apenas para quem o encontrasse. O problema foi que a população não aprovou o ato, afirmando que Minos era um homem frio, sem coração e inconsequente; uma vez que ele havia gasto uma fortuna do dinheiro público na construção do labirinto. O prefeito, então, aproveitou a recente derrota de Atenas como pretexto para criar a competição de Stand Up e remediar a situação. Afirmou que tinha muito orgulho do filho (agora o chamava assim) e que nenhum atenosense (termo pejorativo para se referir aos atenienses) seria capaz de vencê-lo. Como resultado, Minos foi reeleito e o Minotauro, reintegrado a sociedade, dedicou-se com mais afinco à suas anedotas.
            
       Nos primórdios da competição havia muitos voluntários dispostos a enfrentar o Minotauro. A disponibilidade não estava relacionada, necessariamente, à famosa bravura ateniense, mas, sim, ao prêmio. Quem vencesse o desafio terminaria com o extermínio indevido de seus compatriotas e alcançaria a glória eterna. Além disso, adquiriria um alto salário para não fazer mais nada pelo restante da vida. Por algum motivo, a última opção era responsável por atrair o maior número de guerreiros.
            
      Devido à probabilidade de morte certa, os voluntários tornaram-se cada vez mais escassos no decorrer dos anos. A situação tornou-se tão crítica que, após 3 anos de competição, nenhum militar manifestou o desejo de enfrentar o Minotauro. Os competidores eram determinados após a última batalha, a fim de terem uma semana para ensaiarem a apresentação. Após o 156º humano morrer, no entanto, ninguém se prontificou a preencher a próxima vaga e um clima sombrio dominou o quartel. Nas horas seguintes, ninguém ousava dizer algo engraçado, pois todos tinham medo de serem indicados para a competição. Por fim, o General do exército ateniense determinou que fosse feito um sorteio entre todas as graduações (com exceção da própria) para determinar o próximo participante. O vencedor foi Teseu. E ele era eu...
      
      Eu era um reles soldado do 4º Pelotão da 4ª Companhia e todos os meus semelhantes concordaram: não era nenhuma surpresa ou coincidência o menor posto ter ganhado um sorteio daqueles. E por isso, eu tive o privilégio de servir em uma evidente missão suicida.
            
       Fui dispensado no mesmo dia para me preparar humoristicamente para a batalha. Enquanto estudava e desenvolvia algumas piadas em minha casa, fui atacado por um dilema. Valeria à pena dedicar a minha última semana a um fim inevitável ou, deveria eu, aproveitar ao máximo as minhas 160 horas restantes? Optei pela segunda alternativa e decidi viajar para Roma.
            
        Sempre sonhei em ir ao Coliseu assistir a uma luta de Artes Marciais Mistas, mas o preço do ingresso (fora a passagem de avião) era um absurdo. As minhas economias, todavia, não valeriam de nada quando o Minotauro puxasse a corda da vitória. Essa seria a minha última oportunidade e, portanto, era o momento de ir.
    
       Peguei o primeiro voo disponível e pousei em Roma duas horas depois. Incorporei a fila da bilheteria e comprei a minha entrada para o Coliseu. Cheguei à dramática conclusão de que havia gasto metade de minha poupança (racionada durante 7 anos como soldado) em poucas horas.

        A luta principal seria entre Hércules e Odisseu. Hércules era o atual campeão dos pesos pesados e estava invicto há mais de 10 anos. Graças a isso, ele era o grande favorito da noite e o preferido nas casas de aposta. Odisseu, por outro lado, tratava-se de um lutador em ascensão, ou seja: um completo desconhecido.

       Adentrei o estádio e vivenciei toda a emoção acumulada durante anos sentados em frente à TV, enfim, pela tela de meus olhos. As lutas secundárias começaram e o Coliseu vibrava com os nocautes, finalizações ou decisões. Cada soco emitido era recepcionado pelo grito seco, simultâneo, vindo da arquibancada. O jorrar de sangue era acompanhado pelas risadas satisfatórias e pelos deboches. O melhor de tudo era aquela sensação de que a melhor luta ainda estaria por vir. E veio...

     Hércules e Odisseu tomaram o centro do Coliseu com uma ligeira diferença. Hércules era 120 quilos de puro músculo e Odisseu 120 quilos de genuína banha. Eu fiquei impressionado com o contraste e desprezei o lutador sedentário. Acredito que o campeão tenha feito mesmo, pois acabou perdendo a luta. Além de mim, todos os fãs estavam com aquele "O" impregnado na boca, perplexos com o resultado final. Decidi voltar para casa naquele mesmo dia e comprei a minha passagem de volta. Se Odisseu conseguira vencer Hércules, talvez eu pudesse derrotar o Minotauro. 

       O restante da semana passou como um raio e, de uma hora para outra, eu estava seguindo as setas adesivadas no interior do labirinto. Elas indicavam o local da batalha, sendo um problema a menos para me preocupar. Após caminhar por uma hora e desvencilhar dos vendedores ambulantes presentes pelo caminho, cheguei a meu destino.

       Havia duas arquibancadas. Uma era preenchida pelos fanáticos cidadãos de Cnossos e a outra por meus conterrâneos. Quando caminhei em direção ao centro do palco e afirmei ser o "voluntário" de Atenas, fui ovacionado e vaiado ao mesmo tempo. Por um momento, tive a sensação de estar no centro do Coliseu.  

    O Minotauro apareceu em seguida (trajando o seu habitual smoking azul) com um andar descontraído, recebendo o apoio caloroso e incondicional de seu povo que abafava qualquer protesto vindo do lado ateniense. Ele mantinha os chifres erguidos e exibia toda a confiança adquirida após inúmeras vitórias. 

      O apresentador disse que a batalha iria começar e perguntou ao campeão invicto, enquanto lançava uma moeda para o alto, se desejava cara ou coroa. O Minotauro disse "cara", mas a moeda escolheu coroa. O resultado me permitiu determinar a ordem das apresentações. Ora, é um conhecimento geral: o competidor que inicia a batalha leva desvantagem em relação ao adversário. As palavras ditas por último, além de impactarem mais, poderiam debater e anular as proferidas anteriormente. Contrariando todo o senso comum, eu decidi ir primeiro. A minha escolha fez com que muitos dos presentes colidissem a mão contra a própria testa, como se eu houvesse cometido o erro mais básico da história.

     Segurei o microfone em minhas mãos e dei início a minha apresentação. Acredito que foi o minuto mais constrangedor de minha vida, pois fiquei parado o tempo todo sem emitir uma única palavra. O silêncio apenas foi cortado quando o cronômetro apitou o término da apresentação e a multidão de Cnossos me aplaudiu ironicamente. Os jurados levantaram as placas e eu avistei:

Ninfa = 0
Narcíseo = 0
Hades = 2

       Fiquei surpreso com os 2 pontos obtidos. Talvez o deus dos mortos tenha achado a apresentação original ou apenas quisesse contrariar os outros jurados. O fato é que o Minotauro tomou o microfone em seguida e iniciou um verdadeiro massacre. Ele olhou para todos os lados e, com um sorriso maquiavélico, declarou:

         — E é por isso, meus amigos, que Atenas perdeu a guerra.
           
       Todos, com exceção de minha torcida, gargalharam. Nem mesmo Hades foi capaz de conter-se. Isso incentivou o Minotauro a humilhar um pouco mais a minha cidade natal:

         — Eu não culpo o meu colega. — disse o Minotauro apontando para mim — Desde criança eu aprendi que, às vezes, é melhor ficar calado. No caso de um ateniense, às vezes significa sempre.

       Mais gargalhadas soaram e eu vislumbrei as milhares de pessoas que iriam zombar de mim, diante de seus computadores, pelos anos seguintes. O comediante de Cnossos prosseguiu:

        — Uma vez eu pensei em visitar Atenas. Acreditei que era uma boa maneira de me sentir melhor comigo mesmo. Quando solicitei uma passagem no aeroporto, o atendente me perguntou incrédulo: "Sério mesmo?!". Eu disse "sim" e ele insistiu: "Você tem certeza? Quando o avião decolar não tem mais volta". Eu confirmei e o atendente colocou a mão em meu ombro enquanto sugeria: "Por que você não vai para casa, descansa um pouco e observa se a ideia persiste? Não queremos que o senhor se arrependa." Naquela época eu era mais teimoso que um touro e, por isso, fui relutante. O atendente, então, me entregou uma folha para assinar. Era um termo de consentimento dizendo que a companhia aérea não se responsabilizava pelos danos causados à exposição ateniense. Antigamente, quando cometia uma gafe, eu afirmava para me justificar: "desculpe, estou um pouco bêbado". Hoje, graças à minha teimosia, quando boto fogo em minha própria casa, quando jogo pedras nos ônibus ou quando cuspo na cara das pessoas, afirmo: "desculpe, estive um pouco em Atenas".

        Salva de palmas, assobios, gritos e as clássicas gargalhadas dominaram o local. O Minotauro havia vencido a primeira rodada. Nem era necessário analisar as placas que indicavam:

Ninfa = 9
Narcíseo = 10
Hades = 4

          O que ninguém sabia era que tudo aquilo fazia parte de meu plano. Hércules também havia vencido inquestionavelmente o 1º round no Coliseu. Odisseu apenas escondera a cabeça entre os braços gordurosos enquanto recebia jabs, diretos, cruzados e pontapés incessantes do adversário. Hércules aplicara tantos golpes eficazes que o desafiante exibia hematomas e sangramentos avantajados por todo o corpo. Com a luta praticamente ganha, o lutador favorito acomodou-se no 2º round e atacou com menos intensidade.
           
            O Minotauro seguiu o mesmo raciocínio e eu fui menosprezado. Ele decidiu que não valia à pena desperdiçar nenhuma piada contra um competidor tão patético e iniciou a segunda rodada com tolices. Optou pelo artifício de gracejos universais, perguntando e respondendo quantos atenienses eram necessários para afundar um submarino ou como eles faziam para beber leite gelado.
             
            Com a queda de rendimento, o Minotauro obteve a pontuação mais baixa de sua vida (Ninfa = 4; Narcíseo = 5; Hades = 1) e eu aumentei as minhas chances de vencer a 2ª rodada. Iniciei a minha apresentação com o melhor que consegui criar na última semana:

            — Li uma notícia que dizia que os calcanhares são os mais novos mecanismos de sedução. Isso quer dizer que os calcanhares desejados são agora os calcanhares de Aquiles dos pretendentes...

            Essa baboseira prosseguiu até soar o aviso de 1 minuto. O Stand Up medíocre me garantiu um placar mediano (Ninfa = 5; Narcíseo = 5; Hades = 2), o suficiente para me aprovar, por pouco, em direção à rodada final. Os espectadores esperavam que eu iniciasse a 3ª rodada mais uma vez explorando alguma situação do cotidiano, mas eu impressionei a todos ao me apresentar com uma atitude mais agressiva:

      — Como todos sabem, o Minotauro nasceu devido a uma traição. Por mais estranho que a situação já fosse, uma coisa sempre me deixou realmente confuso: o prefeito de Cnossos era o corno da história, no entanto, era o Minotauro quem ostentava os chifres.

        Os jurados esboçaram sorrisos coreografados referentes ao meu comentário e a torcida de Atenas finalmente se manifestou por meio de uma grande zombaria. O Minotauro trocou a postura descontraída por uma seriedade absoluta e eu retomei o raciocínio:

         — Mas, afinal de contas, por que o prefeito de Cnossos criou o Minotauro? Acredito que a sua esposa lhe tenha dito: "Perdoe-me querido! Sou adepta da zoofilia e acabei tendo um caso com um mamífero ruminante. Mas eu prometo te compensar! Podemos criar o fruto de minha infidelidade como se fosse o nosso próprio filho." Não sei por que implicam tanto com o Cavalo de Tróia. O Touro de Cnossos é, sim, o verdadeiro "presente de grego".

            O Minotauro começou a bufar e o apoio da plateia tornou-se evidente. O labirinto estava venerando os meus trocadilhos. Além do mais, era a primeira vez que alguém tinha coragem de ridicularizar de forma consistente o famoso comediante bifásico. E eu podia jurar que algumas risadas também saiam da arquibancada rival. Fiquei tão empolgado que cometi um deslize e exagerei na dose:

            — As pessoas ainda ficam chocadas com a origem do Minotauro. Elas sempre perguntam se é fisicamente ou biologicamente possível tal nascimento. Eu afirmo que sim. Basta que a mãe seja uma vaca.

            Nem preciso dizer o quão indignado ficou o meu adversário. Ele ameaçou me chifrar, mas o apresentador o conteve dizendo que agressões estavam sujeitas a uma desclassificação. Os juízes divulgaram as notas e eu fiquei decepcionado, porém nem um pouco surpreso:

Ninfa = 0
Narcíseo = 10
Hades = 4

            A vitória pendia para o Minotauro. Bastava o comediante de Cnossos fazer uma apresentação mediana para manter intacto o seu legado. As minhas palavras, no entanto, atingiram o ego de meu adversário e deixaram a sua apresentação irreconhecível. Ele ministrou um discurso de ódio que não era nem um pouco engraçado. Como ele não sabia nada sobre mim, exceto sobre a minha naturalidade, atacou a minha cidade. Isso já havia sido feito nas rodadas anteriores, por isso algumas piadas não passavam de uma imitação descarada. A falta de apoio do labirinto fez o Minotauro suar e ele resolveu se vingar, xingando a minha mãe de vadia atenosense.

            O acontecimento foi semelhante ao que ocorreu no Coliseu. No 3º round, Odisseu fez algo inusitado. Ele estava perdendo feio, era evidente, mas não se importou em provocar o seu adversário. Repetiu gestos e danças obscenas que fizeram a plateia vaiá-lo e que deixaram Hércules enfurecido. O campeão dos pesos pesados começou a atacar sem pudor e sem nenhuma técnica. Ele apenas corria em direção ao desafiante e lançava-se sobre ele. Odisseu, apesar do excesso de peso, esquivava-se facilmente das investidas precipitadas e, em seguida, provocava o campeão ainda mais. Hércules ficou tão fora de si que, durante uma tentativa de ataque, acertou em cheio a uma grande pilastra. A pilastra cedeu e derrubou um camarote repleto de fãs sobre ele. E foi assim que Hércules sofreu o primeiro nocaute da carreira.

            Depois do chilique, o Minotauro recebeu a seguinte pontuação:
           
Ninfa = 0
Narcíseo = 2
Hades = 9

            Eu puxei a corda da vitória e vi o lendário comediante de Cnossos ser queimado perante o clamor aliviado de meu povo. Eu conseguira! A competição acabara e nenhum ateniense passaria por ela novamente. A multidão gritava: "Teseu, Teseu, Teseu...". Eu havia me tornado um herói.


             No dia seguinte, quando a euforia havia passado, eu refleti sobre os acontecimentos. Hércules era um lutador muito melhor do que Odisseu. Igualmente, o Minotauro era um comediante muito mais talentoso do que eu. Isso me deixou um pouco incomodado, pois essas situações pareciam descrever perfeitamente a minha geração. Não eram os melhores, os talentosos ou os dedicados que triunfavam. A humanidade era dominada pelos espertinhos, pelos polêmicos e pelos provocadores. Essa revelação me deixou deprimido durante alguns dias e apenas terminou quando recebi o meu primeiro salário, referente ao grande prêmio. A partir daí, deixei de lado as minhas crises existenciais e comecei a me considerar a pessoa mais engraçada do mundo.


Minotauro do desenho animado "Apenas um Show"
      

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