segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

Música Clássica X Música Funk

Cena do filme "Amadeus" (Mozart e Salieri)


      Ouvi dizer que preciso gostar de música clássica. Isso é: se eu for inteligente. Se, por acaso, eu for burro, o funk é o caminho. Mas afinal, quem inventou isso? Ninguém. Trata-se apenas de mais uma regra cultural imposta pela sociedade.

      O esteriótipo clássico da Música Clássica traz a tona um grande baile. Um salão composto pela nobre aristocracia. Mulheres trajando perucas enormes e longos vestidos. Homens (igualmente no tamanho das perucas) vestindo smokings com babados exagerados. Todos eles dançando harmonicamente ao som de um piano e/ou de um violino.

      O Funk, por sua vez, nos remete a um baile completamente diferente. Nele, uma música estridente soa por um alto-falante de baixa qualidade, emitindo um ruído constante que não faz parte da canção. Mulheres seminuas dançam sensualmente com cavalheiros que ostentam cabelos descoloridos. E é isso.

      A música clássica, portanto, comporta um ambiente organizado, requintado e sereno. O Funk, um local sujo, depravado e libertino. Um contraste perfeito entre o rótulo celestial e o clichê do inferno. Afinal, não há nada melhor para se explicar um estereótipo do que outro estereótipo qualquer.

      Esse é o parágrafo final, onde deveria ocorrer uma reviravolta. Seria feito uma crítica às imposições sociais e ao preconceito. Gosto pessoal e opinião própria seriam debatidos. O problema é que eu não consegui pensar em nada de bom para argumentar a favor do Funk. E isso não significa que eu seja um defensor assíduo da Música Clássica. Em minha opinião, ela torna-se muito entediante após 30 minutos de reprodução. O melhor, então, é concluir aconselhando a ouvir a música Rock. Sem dúvida, o Rock é o equilíbrio e o meio termo entre os dois (o Funk e a Clássica). Pelo menos é o que ouvi dizer.









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